
PRIMEIRO ANO
1. O que foi o Humanismo?
Humanismo é um movimento filosóficosurgido no século XV dentro das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas desencadeadas pelo Renascimento. Com a idéia renascentista de “dignidade do homem”, isto é, o homem está acima da Natureza, o Humanismo coloca o homem no centro do universo e seu estudo merece algumas considerações particulares. Chegando ao século XVIII, na Filosofia Moderna, o homem é concebido como um ser ativo que domina a Natureza e com isso a sociedade. Embora não haja separação entre Natureza e homem dentro do movimento humanista, o homem é diferenciado dos demais manifestando suas diferenças na racionalidade, na moralidade, na ética, na técnica, nas artes, etc.
No Humanismo o homem, como ser dominante, está em sempre se aperfeiçoando através do desenvolvimento proporcionado pela sua racionalidade.
Mesmo datado de longa data, o Humanismo tem influência em várias áreas das ciências humanas. Sua importância reside na fundamental ruptura entre Igreja e Ciência, carregando consigo uma visão diferenciada do homem em relação aos demais elementos naturais.
2 - Apresente duas diferenças entre a mentalidade do Renascimento e da Idade Media.
Como já sabemos anteriomente que a intensificação do comércio e da produção artesanal resultou no desenvolvimento das cidades, no surgimento de uma nova classe social a burguesia e na posterior formação das monarquias nacionais. Estas transformações vieram acompanhadas de uma nova visão de mundo, que se manifestou na arte e na cultura de maneira de geral.
A cultura medieval se caracterizava pela religiosidade. A Igreja Católica, como vimos, controlava as manifestações culturais e dava uma interpretação religiosa para os fenômenos da natureza, da sociedade e da economia. A esta cultura deu-se o nome de teocêntrica (Deus no centro). A miséria, as tempestades, as pragas, as enchentes, as doenças e as más colheitas eram vistas como castigos de Deus. Assim como a riqueza, a saúde, as boas colheitas, o tempo bom, a fortuna eram bênçãos divinas. A própria posição que o indivíduo ocupava na sociedade (nobre, clérigo ou servo) tinha uma explicação religiosa.
A arte medieval, feita normalmente no interior das Igrejas, espelhava esta mentalidade. Pinturas e esculturas não tinham preocupações estéticas e sim pedagógicas: mostrar a miséria do mundo e a grandiosidade de Deus. As figuras eram rústicas, desproporcionais e acanhadas. Os quadros não tinham perspectiva. Como as obras de arte eram de autoria coletiva, o artista medieval é anônimo.
A literatura medieval era composta de textos teológicos, biografias de santos e histórias de cavalaria. Isto refletia o domínio da Igreja e da nobreza sobre a sociedade.
Essa visão de mundo não combinava com a experiência burguesa. Essa nova classe devia a sua posição social e econômica ao seu próprio esforço e não à vontade divina, como o nobre. O sucesso nos negócios dependia da observação, do raciocínio e do cálculo. Características que se opunham às explicações sobrenaturais, próprias da mentalidade medieval. Por outro lado, era uma classe social em ascensão, portanto otimista. Sua concepção de mundo era mais materialista. Queria usufruir na terra o resultado de seus esforços. E também claro que o comerciante burguês era essencialmente individualista. Quase sempre, o seu lucro implicava que outros tivessem prejuízo.
A visão de mundo da burguesia estará sintonizada com a renovação cultural ocorrida nos fins da Idade Média e no começo da Idade Moderna. A essa renovação denominamosRenascimento.
3- Apresente as características do mercantilismo.
Metalismo : o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.
Industrialização : o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.
Protecionismo Alfandegário : os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.
Pacto Colonial : as colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.
Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.
4- Em que contexto histórico surgiu o Renascimento.
No momento de transição entre o crise do feudalismo e fim da Idade Media e o surgimento da Idade Moderna com todas as suas transformações incluindo a expansão marítima.
5 - Cite as características do Renascimento.
Antropocentrismo (o homem no centro): É a valorização do homem como ser racional. Para os renascentistas o homem era visto como a mais bela e perfeita obra da natureza. Tem capacidade criadora e pode explicar os fenômenos à sua volta.
Não se tratava de opor o homem a Deus e medir suas forças. Deus continuou sendo soberano diante do ser humano. Tratava-se na verdade de valorizar as pessoas em si, encontrar nelas as qualidades e as virtudes negadas pelo pensamento católico medieval. Nesse sentido, o “homem tornou-se a medida de todas as coisas”, ou seja. aquilo que servia ao ser humano passou a ser visto como bom, o que não servia, como não bom. Essa idéia de que o homem é a medi¬da de tudo foi criada pelos gregos e, como tudo o que é oriundo daquela cultura, aplicava-se à elite. Na Europa renascentista, a situação era a mesma.
Humanismo: Tem por base o neoplatonismo, que exalta os valores humanos e tenta dar nova dimensão ao homem. O humanismo se expande a partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e teatros em Roma, Florença, Nápoles, Paris e Londres. O humanista era o indivíduo que traduzia e estudava os textos antigos, principalmente gregos e romanos. Foi dessa inspiração clássica que nasceu a valorização do ser humano. A escultura e a pintura redescobrem o corpo humano. A arquitetura retoma as linhas clássicas e os palácios substituem os castelos. A música instrumental e vocal polifônica se sobrepõe ao cantochão (monótico). Expandem-se a prosa e a poesia literárias, a dramaturgia, a filosofia e a literatura política. Uma das características desses humanistas era a não especialização. Seus conhecimentos eram abrangentes.
Racionalismo: Implica na convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem, pela ciência, e na recusa em acreditar em algo que não tenha sido provado. Através deste, tentava-se descobrir as leis que governam o mundo pela observação e pela experiência, contrapondo-se o conhecimento baseado na autoridade, na tradição e na inspiração de origem divina, características da cultura medieval. Essa característica do renascimento fez com que o experimentalismo e a ciência se desenvolvessem bastante.
Experimentalismo: Para os renascentistas, tudo poderia ser explicado pela razão e pela ciência e tudo poderia ser provado por experiências científicas.
Individualismo: Não consistia no isolamento do homem, mas refletia a possibilidade que cada um tinha de fazer opções, de manifestar-se sob diversos assuntos, de ser responsável pela condução da própria vida.É também a afirmação do artista como criador individual da obra de arte que se deu no Renascimento. O artista renascentista assinava suas obras, tornando-se famoso.
Hedonismo: É a valorização dos prazeres sensoriais. Esta visão se opunha à idéia medieval de associar o pecado aos bens e prazeres materiais. Surgido a partir do epicurismo (doutrina da antiguidade grega que identifica o bem com o prazer), o hedonismo representa o prazer como a finalidade da vida (“culto ao prazer”). No Renascimento representa a capacidade do homem produzir o belo; gerar uma obra apenas pelo prazer que ela possa dar, rompendo com o pragmatismo (gerar algo que tenha utilidade ao homem, tenha valor pratico). Posteriormente o hedonismo deu origem à filosofia que tem como principio obter o máximo com o mínimo de esforço.
Inspiração na antiguidade clássica: Os artistas renascentistas procuraram imitar a estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo renascer aquela cultura, desaparecida durante a “Idade das Trevas” (Idade Média).
Otimismo: Era caracterizado pela crença dos renascentistas no progresso e na capacidade do homem de resolver problemas. Assim, eles apreciavam a beleza do mundo, tentando captá-la em suas obras de arte.
Repúdio ao medievalismo: O Renascimento é marcado pelos avanços científicos, culturais, filosóficos e artísticos. Mas, durante o feudalismo, o que ocorria era exatamente o contrario, esses “valores” que tanto evoluíram durante o Renascimento, praticamente foram esquecidos pela sociedade, os valores clássicos das primeiras sociedades foram substituídos pela repressão e submissão do povo controlado pela Igreja.
6- Cite duas obras e seus respectivos autores produzidos no Renascimento.
http://www.suapesquisa.com/renascimento/pintores_renascentistas.htm
http://www.suapesquisa.com/renascimento/
7 - Quem eram os mecenas e sua importância para o renascimento.
Os mecenas eram ricos e poderosos comerciantes, príncipes, condes, bispos e banqueiros que financiavam e investiam na produção de arte como maneira de obter reconhecimento e prestígio na sociedade. Eles foram de extrema importância para o desenvolvimento das artes plásticas (escultura e pintura), literatura e arquitetura durante o período do Renascimento Cultural (séculos XV e XVI). A burguesia, classe social que enriqueceu muito com o renascimento comercial, viu na prática do mecenato uma forma rápida de alcançar o status de nobreza. Isso era obtido também com a compra dos títulos de nobreza. O ato de patrocinar e investir em arte e a cultura é conhecido como mecenato.
8 - Quais as cidades onde o Renascimento floresceu e por que?
O Renascimento italiano foi, sobretudo, um fenômeno urbano, produto das cidades que floresceram no centro e no norte da Itália, como Florença, Ferrara, Milão e Veneza, resultado de um período de grande expansão econômica e demográfica dos séculos XII e XIII.
9 - Explique a critica que pode ser feita ao termo Renascimento.
Porque o termo se refere a idéia que a cultura renasceu na Idade Moderna e estava morta na idade Media. No entanto, se existe sociedade a cultura não está morta. Na idade Media apesar de todas as restrições da Igreja Catolica houve sim cultura. Exemplo temos o estilo gótico na arquitetura, o canto gregoriano o surgimento das universidades.
10 - Relacione Mercantilismo e Expansao marítima.
O mais notável resultado da economia mercantil foi, sem dúvida, a expansão marítima, que levou mercadores a percorrer todo o planeta. Preocupada em desenvolver o comércio, buscando novas áreas para explorar e novas mercadorias para negociar, a burguesia européia, devida mente amparada pelo Estado, na figura de seu principal aliado, que era o rei, cruzou os oceanos em uma das maio res aventuras humanas.
A expansão marítima foi um grande empreendimen to econômico, político, social e militar e que envolveu grande volume de dinheiro. Sua realização somente foi possível graças à criação do Estado nacional e à aliança entre o rei e a burguesia. A centralização política pro movida pelo Estado nacional permitiu que o rei concen¬trasse toda a máquina estatal na criação de condições para o desenvolvimento tecnológico e para a preparação de técnicos e navegadores aptos a concretizar a tarefa. O custo do projeto foi financiado pela burguesia, diretamente em alguns casos, ou através dos impostos que os comerciantes pagavam ao Estado, derivados da atividade mercantil.
Mas não foram apenas os reis e os burgueses que tor naram possível a expansão pelos mares: uma grande par cela da sociedade foi convocada a contribuir com a empreitada. As viagens eram muito arriscadas, os naufrágios eram comuns, de tal forma que não havia certeza do retor no dos navegantes. A população pobre, da qual saíam os marinheiros que trabalhavam nas funções menos qualifi¬cadas, além de contribuir com os impostos derivados de seu trabalho, viveu o drama da perda das pessoas queridas sem participar dos benefícios econômicos e sociais oriun dos das conquistas.
O comércio com o Oriente
As Cruzadas, que recolocaram o Ocidente em contato com o Oriente, criaram o gosto pelo consumo de exóticos produtos orientais. Os artigos mais consu midos eram jóias, perfumes, veludos pintados, broca dos, tecidos de seda e coral lavrado, além das especi arias, como a canela, o cravo e a pi menta. A expan são do mercado europeu para esse tipo de mercadoria pôde ser rapidamente aproveitada pelos mercadores das cidades italianas, principalmente Gênova e Veneza, que nunca haviam deixado de comercializar com o Ori ente.
Os mercadores de outros países queriam quebrar o mo¬nopólio de Gênova e Veneza e participar desse comércio tão lucrativo. Esse foi o principal fator que impulsionou as viagens marítimas. Além disso, para poder manter o comércio com o Oriente, que exigia uma grande quanti dade de moedas, havia grande interesse em encontrar me tais amoedáveis.
11 - Aponte duas causas para o Renascimento.
o renascimento comercial e urbano;
- o fortalecimento da burguesia;
- o passado clássico na península itálica;
- a vinda dos sábios bizantinos.
12- Principio Bíblico aplicável ao tema.
Individualidade = O ser humano é importante porque foi criado por Deus a sua imagem e semelhança. Assim com os artistas do renascimento valorizaram o ser humano, o cristão deve valorizar cada individuo, respeitando seus talentos, habilidades e diferenças.